O passado das enciclopédias, dos telefones de disco, das máquinas de escrever parece distante, mas o avanço da Revolução Digital guarda semelhanças com um tsunami: as inovações tecnológicas nos tomaram como ondas irrefreáveis, desencadeadas pelo terremoto dos computadores pessoais. Como consequência dessa rápida transformação, a sociedade atual tornou-se palco da convivência entre a geração dos nativos digitais e o grupo de humanos que podemos chamar de “híbridos”, pois nasceram no mundo analógico-mecânico, conhecem essa antiga realidade, mas tiveram que se adaptar ao novo paradigma digital-inteligente.
Essa mudança de paradigma trouxe um desafio: encarar a transição de uma rotina em que predominavam as atividades técnicas e mecânicas para um mundo que valoriza habilidades socioemocionais.
Antes, é preciso entender que ainda estamos vivendo um período de transição para um futuro em que teremos a coexistência fluida entre o ser humano digital e o ser humano biológico. As interfaces que hoje nos permitem acessar o mundo digital sofrerão evoluções significativas. No futuro, smartphones, notebooks e wearables, como os óculos virtuais, serão peças de museu. Quando isso acontecer, a transição entre nosso eu biológico e o eu digital será mais dinâmica.
A humanidade ainda engatinha nessa questão, inclusive nos aspectos relacionados a saúde mental diante de tamanha evolução. A partir do momento em que aprendermos a explorar a complexidade da realidade digital-inteligente dos Novos Humanos, começaremos a baixar os atuais níveis de ansiedade que a evolução tecnológica trouxe. Por enquanto, as gerações que vivenciam essa transição têm uma grande responsabilidade: fazer com que a tecnologia aponte para um futuro saudável. Já existe um consenso de que qualquer tecnologia que se crie e que se faça tão presente no nosso dia a dia precisa estar a serviço do nosso bem-estar físico ou mental. E esse movimento vai da biotecnologia à nossa relação com os algoritmos.
O comportamento de pessoas que se conhecem muito bem impede que os algoritmos estabeleçam padrões - afinal, se você sabe quais são seus interesses, não vai ficar preso em sugestões definidas pelos algoritmos. E quando não somos os reféns, podemos manipulá-los para que trabalhem a nosso favor.
O mundo mecânico-analógico permitia uma vida mais previsível, com tarefas repetitivas em rotinas pré-definidas, o que não exigia habilidades socioemocionais como o mundo digital requer hoje dos Novos Humanos. O autoconhecimento promovido pelas soft skills é fundamental para o ser humano lidar com um mundo digital porque ele fortalece o ser humano biológico. Mas esse é apenas o primeiro passo, é a primeira blindagem para mergulhar nesse novo paradigma. É preciso também cultivar e aprimorar habilidades socioemocionais que vão muito além do autoconhecimento.
Habilidade relacionais são essenciais nesse processo de fortalecimento do humano biológico. A capacidade de se relacionar é um dos principais fatores que diferenciam o ser humano da inteligência artificial. Portanto, o desenvolvimento de soft skills que valorizam as relações humanas
A integração entre mundo digital e realidade biológica vai estimular nossas capacidades mentais de tal forma que os Novos Humanos terão habilidades que nós, hoje, não temos. Estamos vivendo o começo de um Ripple Effect, aquele efeito de ondulações em cascata que acontece quando jogamos um objeto na água. Mas conseguiremos acompanhar esse ritmo acelerado de evolução?
Sim, com aprendizagem (e, claro, vontade de aprender)! E as empresas Bossa.etc e Afferolab têm a missão de preparar as empresas, por meio do desenvolvimento de seus colaboradores, para o mundo dos Novos Humanos.
Texto: Daniela Macedo
Artigo desenvolvido a partir do episódio Quem São os Novos Humanos?, do podcast Novos Humanos, produzido pelo grupo BMI + Bossa.etc + Afferolab. O episódio contou com a participação de Alessandra Lotufo, diretora de inovação e comunicação da Bossa.etc e da Afferolab.
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